Viajar é uma das melhores experiências que alguém pode ter. Conhecer novos lugares, experimentar culturas diferentes, sair da rotina… tudo isso faz parte do encanto. Mas a verdade é que, por mais empolgante que uma viagem pareça, alguns erros simples — e muitas vezes evitáveis — podem transformar esse momento em dor de cabeça. De um documento esquecido até um roteiro mal planejado, basta um deslize para estragar toda a experiência. Neste artigo, você vai conhecer os 7 erros mais comuns que podem acabar com sua viagem e, principalmente, como evitá-los de forma prática. Se você quer aproveitar cada momento do seu passeio sem perrengue, leia até o fim.
1. Não Planejar o Roteiro Com Antecedência
Tem gente que encara a viagem como uma aventura totalmente espontânea, decidindo “deixar rolar” e ver no que dá. O problema é que, na prática, isso costuma resultar em tempo perdido, correria desnecessária, frustração e até gastos extras. Sem um planejamento mínimo, você corre o risco de pegar atrações lotadas, enfrentar filas imensas ou descobrir que o lugar que tanto queria visitar está fechado justo no dia em que você aparece lá.
Além disso, quem não organiza os deslocamentos com antecedência pode acabar gastando muito mais com transporte ou fazendo trajetos cansativos sem necessidade. O mesmo vale para hospedagem, restaurantes e eventos: sem reserva, você fica refém da sorte — e, geralmente, dos preços mais altos.
Como evitar: reserve um tempo antes da viagem para montar um roteiro básico. Veja quais atrações exigem agendamento ou compra antecipada, quais dias da semana os lugares funcionam, e quais horários são mais tranquilos. Distribua os passeios de forma equilibrada para não sobrecarregar um único dia. Use ferramentas como Google My Maps, Rome2Rio ou mesmo o Google Agenda para visualizar seus dias. E não esqueça de checar blogs ou canais de YouTube sobre o destino, onde você encontra dicas locais que podem fazer toda a diferença no seu planejamento.
2. Exagerar na Bagagem
Muita gente, com medo de sentir falta de alguma coisa durante a viagem, acaba colocando tudo na mala: roupas “caso esfrie”, sapatos “vai que precise”, acessórios que talvez nem use. O resultado é uma mala pesada, difícil de carregar, e que muitas vezes ultrapassa o limite permitido pelas companhias aéreas — gerando taxas caras de excesso de bagagem. Além disso, quanto mais itens você leva, mais tempo perde escolhendo o que usar e mais difícil fica manter tudo organizado durante a viagem.
Roupas amassadas, objetos esquecidos no hotel, dificuldade para fechar a mala na volta… tudo isso é comum quando se leva mais do que o necessário. E pior: isso atrapalha sua mobilidade, principalmente se você vai trocar de cidade ou usar transporte público.
Como evitar: priorize o essencial. Monte seus looks com base no clima e na programação da viagem. Dê preferência a peças neutras, que combinam entre si, e tecidos que não amassam fácil. Uma dica prática é seguir a regra dos 3: três partes de cima, três partes de baixo e três pares de sapato — adaptando conforme a duração da viagem. Lembre-se: mala leve é sinônimo de praticidade e liberdade. Leve o que você realmente vai usar e esqueça o “vai que”.
3. Ignorar o Seguro Viagem
Muita gente viaja com a mentalidade de que “comigo não vai acontecer nada”. E na maioria das vezes, realmente não acontece. Mas basta um único imprevisto — uma queda, uma crise de apendicite, uma infecção alimentar ou uma bagagem extraviada — para transformar a viagem em um pesadelo. E o pior: em países como Estados Unidos, Japão, Austrália ou qualquer nação da Europa, uma simples consulta médica de emergência pode custar centenas ou até milhares de reais.
Além dos problemas de saúde, o seguro também cobre situações como cancelamento de voos, atrasos, perda de documentos, furtos e assistência jurídica. Ou seja, ele não é só uma formalidade: é uma rede de proteção que pode evitar dores de cabeça enormes — tanto físicas quanto financeiras.
Como evitar: nunca viaje sem seguro, mesmo que o destino seja dentro do Brasil. Hoje em dia há opções acessíveis, com boa cobertura e contratação simples, feita online em poucos minutos. Compare valores e coberturas em sites como SegurosPromo, Real Seguros, Cotravel ou veja se seu cartão de crédito oferece cobertura gratuita. O importante é garantir que você tenha suporte em caso de emergência, especialmente se for para fora do país — inclusive porque, em alguns destinos, o seguro é obrigatório para entrar.
4. Não Verificar Documentação e Requisitos de Entrada
É mais comum do que parece: a pessoa compra as passagens, reserva hotel, planeja passeios… mas esquece de verificar a documentação exigida para entrar no país de destino. Só percebe que precisava de visto, vacina ou autorização eletrônica quando já está no aeroporto, com as malas prontas. E aí não tem conversa: não embarca. O prejuízo pode ser grande, tanto financeiro quanto emocional.
Além disso, alguns países exigem que o passaporte tenha validade mínima de 6 meses a partir da data de entrada. Outros pedem formulários preenchidos com antecedência, autorização para menores de idade, ou comprovantes de hospedagem e recursos financeiros. Cada lugar tem regras próprias — e elas mudam com frequência.
Como evitar: faça essa verificação assim que decidir o destino. Acesse o site da embaixada ou consulado oficial do país e confira os documentos obrigatórios: passaporte, visto (ou isenção), vacinas exigidas, autorização eletrônica (como o eTA no Canadá ou ESTA nos EUA) e formulários online, como o SG Arrival Card (Singapura) ou PLF (Europa). Para viagens com crianças ou adolescentes, veja se há exigência de autorização judicial ou documento extra. Se precisar de visto, verifique o tempo de processamento e não deixe para a última hora.
5. Descuidar do Orçamento
Viajar envolve emoção, e é justamente aí que mora o perigo. É fácil se empolgar com as experiências, as lojinhas, os restaurantes e os passeios, e acabar gastando bem mais do que o planejado. O problema é que a conta chega — e às vezes, com juros no cartão de crédito. Trocar dinheiro em locais desfavoráveis, fazer compras por impulso ou não acompanhar os gastos diários pode comprometer não só o orçamento da viagem, mas também o financeiro do mês seguinte.
Além disso, muitas pessoas não calculam os custos invisíveis da viagem, como taxas de conversão de moeda, gorjetas obrigatórias, transporte local, entradas de atrações, snacks e imprevistos. Sem esse controle, o valor total da viagem pode sair muito acima do esperado.
Como evitar: estabeleça um orçamento total e divida por número de dias, considerando alimentação, transporte, ingressos, lazer e uma margem para emergências. Com isso, você tem um limite diário para seguir. Use aplicativos como TravelSpend, Splitwise ou Money Lover para acompanhar os gastos em tempo real. Se for para o exterior, calcule tudo na moeda local e tenha sempre uma parte em espécie para locais que não aceitam cartão. E atenção: não dependa apenas do cartão de crédito, pois ele pode não funcionar ou gerar taxas inesperadas. Organização financeira é o que garante que a viagem termine bem — sem susto no extrato.
6. Deixar de Considerar o Clima e a Cultura Local
Um dos erros mais frustrantes ao viajar é se preparar mal para o clima. Você chega animado, mas percebe que levou só roupa de calor e está um frio de 10°C, ou então preparou looks de inverno e o destino está com 35°C à sombra. Isso compromete seu conforto, sua mobilidade e até sua saúde — ninguém quer ficar doente no meio da viagem. O mesmo vale para situações culturais: alguns lugares têm códigos de vestimenta, regras de comportamento em espaços públicos e costumes específicos que, se ignorados, podem causar constrangimentos ou até situações de desrespeito involuntário.
Há países onde mostrar os ombros em locais religiosos é proibido, outros onde gorjeta é ofensiva, e lugares em que determinados gestos ou palavras são mal interpretados. Ignorar isso pode não só te colocar em situações desconfortáveis, como também afetar a forma como você é tratado pelas pessoas locais.
Como evitar: antes de arrumar a mala, confira a previsão do tempo para os dias da viagem. Isso evita levar roupas inadequadas e ajuda a preparar os itens certos (casaco, capa de chuva, protetor solar etc.). Além disso, pesquise o mínimo sobre a cultura local: como as pessoas se vestem, o que é aceitável ou não em público, se é comum dar gorjeta, quais hábitos são diferentes dos seus. Isso não é só uma questão de praticidade, mas também de respeito. Quanto mais você se adapta ao ambiente, mais leve e fluida será sua experiência.
7. Não Ter Flexibilidade Para Mudanças
Por mais que você planeje cada detalhe da viagem com cuidado, a realidade é simples: imprevistos acontecem. Um voo pode atrasar, uma atração pode fechar de última hora, o tempo pode virar e chover por dias. Se você encara qualquer mudança como um desastre, corre o risco de passar boa parte da viagem estressado, frustrado e sem conseguir aproveitar o que está diante de você.
Ficar preso a um roteiro rígido e tentar forçar tudo a dar certo exatamente como imaginado só aumenta o desgaste. O que era pra ser prazer vira cobrança. E isso pode afetar não só você, mas também quem estiver viajando junto — criando tensão e discussões desnecessárias.
Como evitar: encare a viagem com um pouco mais de leveza. Tenha um roteiro base, mas permita ajustes. Sempre que possível, inclua planos B para dias de chuva, atrasos ou mudanças inesperadas. Tenha em mãos distrações úteis: livros, podcasts, filmes baixados, jogos offline. Isso ajuda a passar o tempo em aeroportos, filas ou deslocamentos longos. E acima de tudo: não gaste energia tentando controlar o que está fora do seu alcance. Quem consegue se adaptar, aproveita muito mais — mesmo que nem tudo saia como o esperado.
BÔNUS: Não Desconectar da Rotina Mentalmente
Você tirou férias, mudou de cenário, mas sua cabeça continua no trabalho, nas pendências, nas preocupações do dia a dia. Isso acontece com mais gente do que parece — a pessoa está fisicamente em outro lugar, mas emocionalmente continua presa à rotina de antes. Resultado: não relaxa, não aproveita o momento presente e volta da viagem tão (ou mais) cansada quanto saiu.
Como evitar: desconectar exige intenção. Avise colegas e clientes com antecedência, ative respostas automáticas no e-mail e defina horários (ou limites) para checar mensagens, se for realmente necessário. Evite levar “problemas para pensar” na mala. Se estiver viajando sozinho, use o tempo para se reconectar com você mesmo. Se estiver com alguém, esteja presente de verdade. A viagem só cumpre seu papel de descanso e renovação se você permitir.
Conclusão
Esses 7 erros são mais comuns do que parecem — e a maioria das pessoas só percebe quando já é tarde. A boa notícia é que todos eles podem ser evitados com um pouco de atenção, planejamento e bom senso. Viajar é, sim, uma das melhores formas de viver novas experiências, mas também exige responsabilidade. Não faz sentido investir tempo, dinheiro e expectativa em uma viagem se uma falha básica — como esquecer um documento ou gastar mais do que deveria — pode colocar tudo a perder.
Pequenos cuidados antes e durante o percurso fazem toda a diferença entre um passeio tranquilo e um perrengue sem fim. Antecipe-se aos problemas e viaje com mais leveza, segurança e liberdade.
Evite os erros. Aproveite de verdade.
E se você conhece alguém que vai viajar em breve, compartilhe esse artigo. Ou marque aquela pessoa que sempre esquece o passaporte! 😅✈️